Os pilotos da aviação geral, em especial os que operam as aeronaves mais sofisticadas, como os jatos executivos, seguem uma dinâmica profissional de caráter empresarial. Estes profissionais administram uma carteira de ativos denominados “habilitações de tipo”, que lhes concede a permissão para pilotar modelos específicos de aeronaves; e tais habilitações têm seus valores determinados, entre outros fatores, pela relação de oferta e demanda entre pilotos habilitados e aeronaves operacionais existentes em um determinado momento. Fica bem mais fácil compreender isso com um exemplo hipotético.
Imaginemos que o Cmte Fulano possua duas habilitações de tipo, Hx e Hy, que lhes dá o direito a comandar, respectivamente, as aeronaves Ax e Ay, ambas ‘single pilot’ (não requerem copiloto). Fulano obtém a informação de que existem 100 pilotos com a habilitação Hx válida, e que a frota de Ax em condições de voo é de 50 aeronaves – ou seja: para cada 2 pilotos habilitados há uma aeronave operacional (2,0 pil./anv.). Já quanto ao outro modelo de aeronave, Fulano descobre que há 30 pilotos habilitados com a carteira Hy e uma frota de 60 aeronaves Ay, o que leva a uma relação inversa à anterior, de um piloto habilitado para cada duas aeronaves em condições de voo, ou 0,5 pil./anv. Levando-se em conta somente essas informações, pergunta-se: se Fulano estiver procurando uma recolocação profissional, ele deveria priorizar os operadores de aeronaves Ax ou de aeronaves Ay?
Não é necessário pós-doutorado em Economia em Harvard para concluir que seria muito mais provável encontrar uma boa oportunidade profissional entre os operadores da aeronave Ay, uma vez que há relativamente poucos pilotos habilitados para muitas aeronaves disponíveis, algumas possivelmente paradas por falta de tripulantes. Conclui-se, portanto, que quanto menor o valor do indicador relativo à quantidade de pilotos com habilitação válida por aeronave em condições de voo (pil./anv.), melhor seria para o piloto. Mas esta não é a única informação relevante para um piloto com habilitações de tipo elaborar uma estratégia profissional eficiente, como veremos.
Outra informação importante seria saber quantas horas cada modelo de aeronave voou no último ano, o que daria um segundo indicador para orientar Fulano em sua busca por recolocação. No modelo anterior, se a quantidade de pilotos habilitados com as carteiras Hx e Hy já é sabida, e Fulano agora tem como conhecer as quantidades de horas voadas pelas aeronaves Ax e Ay no ano passado, é possível chegar a um valor médio de horas voadas por piloto para cada uma das aeronaves. E para que serve isso?
No mundo real, as diferenças de relação pilotos habilitados por aeronaves operacionais não costumam ser tão diferentes como as do exemplo acima. Muitas vezes, é preciso comparar indicadores relativamente próximos, por isso, seria interessante conhecer algum outro indicador que ajude a entender qual seria a melhor escolha para a estratégia profissional do piloto. Portanto, em um outro exemplo, se uma Aeronave Az possuir uma relação de 1,7 pil./anv., mas cada piloto a ela habilitado estiver voando 40h/mês, em média, esta poderá ser uma melhor escolha em termos de prioridade estratégica do que uma aeronave Aw, que tem uma relação mais favorável (menor), de 1,5 pil./anv., mas que cada piloto voa somente 30h/mês. Com pilotos voando mais, os operadores de aeronaves Az podem estar mais dispostos a contratar novos tripulantes detentores da habilitação Hz, ainda que estes sejam um pouco mais numerosos em relação aos com a habilitação Aw. Na verdade, as duas informações têm que ser analisadas juntas para que seja possível começar a entender melhor o mercado de trabalho específico para as habilitações pesquisadas.
Também há outras informações disponíveis que podem ajudar a formar um quadro mais completo do mercado de trabalho para as habilitações que um piloto possui, como:
Com todas essas informações, é possível ter um quadro muito mais claro do mercado em que se está inserido, o que irá possibilitar desenhar uma estratégia profissional bem mais assertiva. Todavia, há um último conjunto de informações de enorme valor para fechar esse pacote, que são os detalhes das aeronaves dos tipos pesquisados, em especial:
Saindo agora do terreno da imaginação e aterrissando no mundo real: é possível elaborar um relatório com todos os dados do modelo hipotético acima! O RIP-HAT foi desenhado exatamente para este fim, e está em fase de protótipo – vide exemplo ao final deste post -, e se houver interesse da comunidade de pilotos, ele poderá ser oferecido aqui no BizAv.Biz.
Por isso, pedimos que os pilotos interessados no produto preencham o formulário abaixo, para que possamos medir o interesse da comunidade e, se for o caso, entrarmos em contato quando o produto estiver operacionalmente viável. Fiquem à vontade para dar sugestões ou elaborar críticas ao protótipo apresentado.
Agradecemos sua colaboração!
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